Editorial | O sino da liberdade

O tempo tem dito que este é o momento ideal para que a eleição decida, de vez, qual o caminho a seguir dentro do processo eleitoral. Há quem afirme que pode ser diante da urna. Engano. Deve ser agora, neste momento antecipado para que, diante da própria responsabilidade, possam influenciar outros a seguirem na mesma direção.

O que é liberdade? É o sentimento de poder decidir pelo próprio caminho, sem interrupções, livre para ser dono de si mesmo, sem que possa ter que, em sua escolha pessoal, ter a interferência de cima para baixo.

O que deve ser feito para que todos possam garantir sua livre escolha, caminho, direção e direitos? Quando se escolhe quem, imediatamente, está ligado a isso. O eleitor deve saber que sua liberdade de escolha não é apenas ir à urna eletrônica e escolher o mandatário, mas a continuidade de sua ida para onde interessa seus desejos.

Mais que votar, é importante ter a direção para onde e com quem ir. Se fosse apenas escolher para determinar um futuro, seria muito fácil. Mas não é bem assim. O caminho a seguir é aquele em que se tem o melhor destino de liberdade e compromissos. Ir e voltar conforme a vontade, ter o direito de voz e vez sem que ela seja determinada de cima.

O que se pode ver com isso? Que a democracia, como ela deve ser, está deformada, sem o cheiro de liberdade que se deseja. O Brasil está dividido entre duas forças que, cada uma delas, pode fazer o futuro ficar mais ou pior do que se encontra agora. Ou se defende a liberdade com toda valentia ou, como se vê, ela vai ficar morta.

É preciso escolher agora o candidato a presidente. É preciso vencer o medo e ter a coragem de dar um basta em tudo. Ou se é neste momento que se decide o futuro com a liberdade que se deseja ou, de fato, ela está ameaçada. Liberdade não se espera. É agora que deve ser construída.